Mahungane, mufana de mil olhares
Mahungane, espírito insaciável ao desânimo do povo
Mahungane, embrulho de feridas nunca curadas
Em pari passos do quotidiano vejo as mentiras estampadas nas vossas testas
Vejo politica musical nas vossas bocas
Politica esta, que só servem para este e aquele povo
Bolsos meus transbordam esmolas
A minha alma distribui xibalos nunca rentáveis
Tenho o peito de chaga infernal
Tenho a cede de burlas nunca burladas
Olhos meus passeiam no trono do vizinho Elvis
Que em segundos a sustentabilidade de vida transformou-se num pardal
As folhas sopram em árvores sem flores
A esperança cada vez mais vai rimando com a desgraça
E numa equação onde a esperança
É multiplicada com a desgraça
Sempre será igual a pobreza
Parvo sou! Peguei e o fiz sumir aquelas valiosas sementes
Sem ao menos o cultivar,
Passo a vida a lamentar
E com tanta crença a participar nas milagrosas orações
De pés cruzados em sofás, tu decides
Em canetas e em papéis brancos, rubricas o teu plano de vida
E mais cresce a tua conta bancária
Fiel cidadão de chinelos rotos bate as palmas pelo teu plano de vida
Pensando que seja mais uma escada para o desenvolvimento da sua pátria
Oh… Pobre camponês!
Sementeiras, sachas, cultivos em calos de suor no rosto
Matando a fome do homem de pés cruzados em sofás
Apenas rubricando e aumentando cada vez mais estratégias corruptas
São os meninos fofinhos de bochechas gordas,
São os meninos fofinhos de vidas feitas
São os meninos fofinhos que em vai e vem, vão estropeando mentalidades
Num simples mascar de surrumas
Cocaínas em embalagens cobertas pelos Mercedes bens
Universitário apenas para fazer valer a uma determinada personalidade
Mahungane, mufana de mil olhares
O famoso xiconhoca, pastor de políticas nunca percebidas
Mahungane, o professor, o polícia, o enfermeiro de sapatos gastos
E ombros marrabentados de munições
Posso crer, que tiveste sonhos para o bem da nação
Presta atenção, não quis dizer desejos que serão concretizados para o bem da nação
Mais sim, sonhos, sonhos corruptos
Sonhos em que tu eras o ladrão da primeira categoria
Desviando e lançando a culpa ao felizardo da quinta categoria
Hoje enches a língua de palavras burocratas
Só para deixares transparecer a sua dedicação
Em locais de maior concentração política
Em leis e regras do sistema de informação
Para juntos comungarem esta maldição política
Desculpa!
Apenas são desastres vindo da tua aparência
E nas tuas falas que esvaziam a sociedade,
De políticas corruptas, doentias, crúas e núas.
Antonio Muianga
inedito