Camilo de Sousa, cineasta moçambicano, nasceu na antiga Lourenço Marques (Maputo) a 29 de Maio de 1953, e cresceu na Mafalala, bairro de Craveirinha e Eusébio, no início da periferia de Maputo. Sobrinho da poetisa Noémia de Sousa, aprendeu em casa a construir uma consciência política e na rua que a cidade se demarcava consoante a cor da pele e a posição social.
Em 1968, começou a interessar-se por fotografia, trabalhando a partir de então em Artes Gráficas e, posteriormente, como repórter fotográfico e redactor do diário "O Jornal" publicado na então cidade de Lourenço Marques. Em 1972, foi para a Bélgica onde obteve o estatuto de refugiado politico junto às Nações Unidas.
Em 1973, vai para Tanzânia e juntou-se à FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), participando na luta pela Independência de Moçambique. Marcou-o profundamente o que veio depois da guerra e que o leva a abandonar o partido.
Com o projecto de cinema móvel - que cobre todo o território moçambicano - e o jornal de actualidades Kuxakanema, com o trabalho no Instituto Nacional de Cinema (1980 a 1991), a criaçao da primeira cooperativa independente de comunicação e produção de imagem (a Coopimagem) e mais tarde com a Ébano Multimédia (onde é realizador e produtor), continua a praticar o seu "cinema de resistência" e reencontra no cinema o caminho da luta por uma sociedade mais justa.
Camilo de Sousa é o pai da cineasta Camila de Sousa.
Informações tiradas do website Buala (http://www.buala.org/pt)
FILMOGRAFIA
- Junod (doc)
- Ondas Comunitárias (doc 56')
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