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Contar África a partir de um lugar chamado Quibdó. AFF nasceu na Colômbia em resposta a uma necessidade premente dos afro-descendentes de verem conteúdos do seu continente de origem.
Devido à intrusão do mundo colonial, as palavras não são suficientes para dizer com precisão o nosso mundo porque estamos a falar para nós próprios noutra língua, pode o cinema ser aquele meio através do qual podemos produzir aquela língua que nos pode ajudar a dizer o desconhecido, o inesperado, aquilo que nos permite encontrar o novo e o familiar? Este festival é uma busca de sentido através do gosto da exploração de uma terra desconhecida que se torna um lugar de reconhecimento.
O OBJECTIVO
Encorajar os cineastas a questionar o reconhecimento dos outros e o reconhecimento mútuo. Com o QAFF pretendemos levar os cineastas a perguntar ao seu público "compreender-me-ão?", pedindo-lhes que sigam o significado que construíram longe da sedução e da previsibilidade. Queremos fazer deste festival uma aventura humana longe do esperado.
A JUSTIFICAÇÃO
Porquê fazer este festival?
Porque precisamos de uma narrativa própria, de uma nova narrativa de quem somos e do que somos, porque somos seres narrativos. As nossas vidas passadas, presentes e futuras são narrativas. Da mesma forma que somos oprimidos pelas narrativas, da mesma forma que somos libertados pelas narrativas. Este festival é um momento para a comunidade transformar a sua vida quotidiana numa narrativa. Quase como fazer um cinema africano na realidade; uma "art de vivre" africana: a arte de viver.
Um momento que eliminará os limites entre realidade e imaginação, um momento em que a realidade se encontra com a ficção. A comunidade do festival viverá naquele local onde poderemos recriar a nossa grande história inventada. E como toda a grande arte, convida-nos a todos a repensar a nossa realidade.
ACTIVIDADES
O festival convida-o a explorar este lugar de reconhecimento através de várias actividades, tais como projecções de filmes, visitas turísticas, palestras e debates, exposições artísticas, musicais e gastronómicas, especialmente uma experiência única, uma aventura no desconhecido numa linha temporal que oscila entre o presente, o passado e o futuro, encontrando-se num lugar que é simultaneamente memória e representação; um lugar que da ficção nos levará a ver-nos a nós próprios, do que fomos ao que conseguimos ser.
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