In 1963, PAIGC - African Party for the Independence of Guinea-Bissau and Cape Vert - started a liberation struggle against Portuguese rule. PAIGC's leader Amílcar Cabral made always clear that they were fighting colonialism, not the Portuguese people. And it was in Guinea-Bissau that was born the Army Movement that lead to the Carnation Revolution in Portugal, in April 74. The conflict brought no hate, but friendship. Why? We tried to find it out, through different characters scattered through Guinea, Cape Vert and Portugal.
Directed by
Diana Andringa & Flora Gomes
Portugal, 2008, Doc, 100'
Direction
Diana Andringa and Flora Gomes
Images
João Ribeiro
Sound
Armanda Carvalho
Editing
Bruno Cabral
FILMOGRAFIA / FILMOGRAPHY
Diana Andringa
2007 As duas faces da guerra
2006 Regresso ao País do Crocodilo
2005 Era uma vez um arrastão, Este é o nosso sangue, a nossa vida
2002 Timor-Leste: O sonho do crocodilo
1999 China / Retrato em Movimento
1989 / 1992 Geração de 60, série 6×50'
1985 Iraque, o país dos dois rios
1979 A Década das Vacas Magras
1993 Caso Big Dan's, Violação numa comunidade portuguesa
Flora Gomes
2012 République des enfants (La) / Children's Republic (The) / A Repùblica di Mininus
2002 Nha Fala
1996 Po di Sangui
1992 Os Olhos Azuis de Yonta
1987 Mortu Nega
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PT
Luta de libertação para uns, guerra de África para outros: o conflito que, entre 1963 e 1974, opôs o PAIGC às tropas portuguesas é visto, desde logo, de perspectivas diferentes por guineenses e portugueses. Mas não são essas as únicas "duas faces" desta guerra: mais curioso é que, para lá do conflito, houve sempre cumplicidade: "Não fazemos a guerra contra o povo português, mas contra o colonialismo", disse Amílcar Cabral, e a verdade é que muitos portugueses estavam do lado do PAIGC. Não por acaso, foi na Guiné que cresceu o Movimento dos Capitães que levaria ao 25 de Abril. De novo duas faces: a guerra termina com uma dupla vitória, a independência da Guiné, a democracia para Portugal. É esta "aventura a dois" que queremos contar, pelas vozes dos que a viveram.
Diana Andringa, figura de referêcia do jornalismo televisivo português, e Flora Gomes, o mais importante cineasta guinenense (com presença regular em Cannes e Veneza), acordaram fazer um documentário a quatro mãos e duas vozes sobre a guerra colonial. Luta de libertação para uns, guerra de África para outros, o conflito que, entre 1963 e 1974, opôs o PAIGC às tropas portuguesas é descrito de maneira diferente nos livros de história dos dois países. Mas não são só estas as "duas faces" desta guerra. Para lá do conflito, houve sempre cumplicidades entre as duas partes: "Não fazemos a guerra contra o povo português, mas contra o colonialismo", disse Amílcar Cabral, e é verdade é que muitos portugueses estavam do lado do PAIGC. Não por acaso, foi na Guiné que ganhou forma o Movimento dos Capitães que levaria ao 25 de Abril. De novo duas faces: a guerra termina com uma dupla vitória, a independência da Guiné e a democracia para Portugal. É esta "aventura a dois" que o filme conta, pelas vozes dos que a viveram.
de Diana Andringa e Flora Gomes, Portugal, 2008, 100'
realização
Diana Andringa e Flora Gomes
imagem
João Ribeiro
som
Armanda Carvalho
montagem
Bruno Cabral
Festivais e Prémios
* DocLisboa 2007
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